domingo, 11 de outubro de 2009

Informar e multiplicar essa idéia

Outro dia encontrei um texto na internet que falava sobre a dama das mil e uma noites, sherazade. Um texto lindo! E o mais interessante dele é que conta resumidamente, uma das mais lindas historias de amor e com uma abordagem reflexiva sobre o comportamento homem/mulher. E ao termino do texto constato como colaboradora uma pessoa de nome Ilma, conincidentemente minha homonima. Adorei! Me senti colaboradora também. Pensei! Puxa, que bacana, um texto sobre um assunto que me interessa, que poderia ter sido escrito por mim, pois compartilho com as ideias discutidas ali. Aí me recordo de um outro texto, em um outro tempo e que também me falava sobre essa interconexão entre nós seres da especie humana. E vejo o quanto estou descobrindo essa interrelação do pensamento e dos sentimentos humanos. Há isso chamo integração com a espiritualidade.
Pensar, sentir, agir numa mesma frequencia, mas com uma diversidade incrivel. Einsten tinha razão quando resumiu o conceito de relatividade. Para se conseguir compreender sobre espaço e tempo ele descreveu assim: "Coloque sua mão numa chapa quente por um minuto, e isso vai lhe parecer uma hora. Sente-se ao lado de uma linda mulher por uma hora, e isso vai lhe parecer um minuto."
Então, as coisas começam a entrar nessa conexão incrível. E a questão sobre a diversidade acontece nesse processo, as coisas acontecendo nessa interrelação, exigindo esse olhar sobre o outro, e por que não dizer sobre nós mesmos. Nosso país disponibilizando de legislações especificas para educar nessa perspectiva inclusiva. Mas, exigindo, sobretudo que se estabeleça uma pedagogia construtivista, onde todos estejam voltados para a construção de uma nação inclusiva, e não apenas diversa.

sábado, 3 de outubro de 2009

Novo paradigma

A Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza (SDH), composta pelas Coordenadorias Especiais da Criança e do Adolescente, do Idoso, da Igualdade Racial, da Diversidade Sexual e de Pessoas com Deficiência, nasce com o desafio de criar na cidade de Fortaleza uma ambiência de direitos humanos, desmitificando a crença de que os direitos humanos só são válidos quando da defesa de bandidos.

Considerando que todas as pessoas têm que ter garantidos ``a cidadania, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho``, a prefeita Luizianne Lins criou a SDH para desenvolver as políticas de direitos humanos de forma transversal e integrada, assessoradas e monitoradas pelas coordenadorias especiais que a compõem. Afastando-se do paradigma da assistência social, ficam fortalecidas as políticas específicas de cada coordenadoria, a partir da compreensão desta gestão de que todas unificam as políticas de direitos humanos e, como tal, devem ser desenvolvidas e implementadas.

A Coordenadoria de Pessoas com Deficiência assume a responsabilidade de fazer conhecer e desenvolver a Política Pública Municipal de Atenção às Pessoas com Deficiência (Padef), elaborada pela Comissão de Políticas Públicas Municipais para Atenção às Pessoas com Deficiência (Compedef), através de assessoramento, monitoramento e fiscalização das políticas públicas a serem implantadas em Fortaleza em diversas áreas.

Ainda são muitas as dificuldades que a atual gestão terá que enfrentar para promover a inclusão econômica e social das pessoas com deficiência em nossa cidade. Avançamos, a passos lentos, firmes e bastante significativos. O protagonismo das pessoas com deficiência na construção da Padef e na coordenação das ações voltadas para a inclusão social das pessoas com deficiência é algo singular na história da gestão municipal e, quiçá, do país.




Nadja Soares de Pinho Pessôa - Titular da Coordenadoria de Pessoas com Deficiência.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Definição de acessibilidade

A expressão “acessibilidade”, presente em diversas áreas de atividade, tem também na informática um importante significado. Representa para o nosso usuário não só o direito de acessar a rede de informações, mas também o direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos. Não é fácil, a princípio, avaliar a importância dessa temática associada à concepção de páginas para a web. Mas os dados W3C (Consórcio para a WEB) e WAI (Iniciativa para a Acessibilidade na Rede) apontam situações e características diversas que o usuário pode apresentar: 1. Incapacidade de ver, ouvir ou deslocar-se, ou grande dificuldade - quando não a impossibilidade - de interpretar certos tipos de informação. 2. Dificuldade visual para ler ou compreender textos. 3. Incapacidade para usar o teclado ou o mouse, ou não dispor deles. 4. Insuficiência de quadros, apresentando apenas texto ou dimensões reduzidas, ou uma ligação muito lenta à Internet. 5. Dificuldade para falar ou compreender, fluentemente, a língua em que o documento foi escrito. 6. Ocupação dos olhos, ouvidos ou mãos, por exemplo, ao volante a caminho do emprego, ou no trabalho em ambiente barulhento. 7. Desatualização, pelo uso de navegador com versão muito antiga, ou navegador completamente diferente dos habituais, ou por voz ou sistema operacional menos difundido. Essas diferentes situações e características precisam ser levadas em conta pelos criadores de conteúdo durante a concepção de uma página. Para ser realmente potencializador da acessibilidade, cada projeto de página deve proporcionar respostas simultâneas a vários grupos de incapacidade ou deficiência e, por extensão, ao universo de usuários da web. Os autores de páginas em HTML obtêm um maior domínio sobre as páginas criadas, por exemplo, com a utilização e divisão de folhas de estilo para controle de tipos de letra, e eliminação do elemento FONT. Assim, além de torná-las mais acessíveis a pessoas com problemas de visão, reduzem seu tempo de transferência, em benefício da totalidade dos usuários.

Acessibilidade em Fortaleza

Nadja Pessoa, da Compedef, comenta preocupação da OAB/Ce com “Acessibilidade” das pessoas especiais

Nadja Soares de Pinho Pessoa, coordenadora da Comissão de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Prefeitura de Fortaleza (Compedef), assina artigo hoje(01/06) na página 2, de Idéias, do Diário do Nordeste. Leia seu artigo, aqui, na íntegra:
“A preocupação com a acessibilidade das pessoas com deficiência, manifestada pela OAB/Ce à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam) da Prefeitura Municipal de Fortaleza, aponta para o início da transformação cultural tão desejada e esperada pelo histórico movimento de luta das pessoas com deficiência em Fortaleza. Questões que outrora só eram levantadas por pessoas ligadas a esse segmento da população e alguns raros parlamentares, hoje são alvo da preocupação de instituições renomadas e são assuntos de editoriais.
Em fevereiro de 2007, a prefeita Luizianne Lins criou por decreto a Comissão de Políticas Públicas Municipais para atenção às Pessoas com Deficiência – Compedef, com o objetivo de elaborar um plano de políticas públicas para as pessoas com deficiência. Desde então, a Compedef – formada por representantes legítimos do movimento das pessoas com deficiência – participa da análise dos projetos e acompanhamento das obras que estão sendo executadas pela Prefeitura. Portanto, cumpre-nos informar que todas as ações e obras do Transfor estão em consonância com o que determina a Lei de Acessibilidade – Decreto Federal nº 5.296/2004.
Sabemos e vivenciamos no dia-a-dia os transtornos causados por tantas obras em Fortaleza e, por isto mesmo, pedimos a compreensão e, principalmente, a colaboração de todos para que possamos ter, em breve, um corredor modelar onde todos os pedestres poderão usufruir de segurança e conforto para transitar. As calçadas do Transfor seguem os padrões técnicos da NBR nº 9050/ABNT e, portanto, serão dotadas de rebaixamentos de guias nas esquinas para livre acesso de cadeirantes, piso tátil direcional e de alerta para orientação dos cegos, faixa para mobiliário e para circulação, abrigos de pontos de parada acessíveis, dentre outros pontos importantes.
A Política Pública Municipal de Atenção às Pessoas com Deficiência já é uma realidade. O Transfor chega para exibir essa mudança. Agora cabe a você, cidadão e cidadã, manter e conservar as calçadas. Essa responsabilidade é sua.”
Fonte: Direito. CE


http://direitoce.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6130
Enviado por: http://blig.ig.com.br/acessivelparatodos/author/edinamarcorreaigcombr/ - Categoria: Acessibilidade, Inclusão

terça-feira, 29 de setembro de 2009

“Quem aprecia musica, alimenta a vida interior. E quem tem vida interior jamais padecerá de solidão”.             Arthur da Távola


"Como se aprende sobre a diferença humana?
Deve-se ensinar às crianças que os seres humanos são muito diferentes entre si e explicar-lhes em que se diferenciam, para então mostrar que essas diferenças podem ser uma fonte de enriquecimento para todos."

                                                                                                                                     Humberto Eco


Como afirmava Gandhi, a grande e única revolução possível é dentro de nós, e é dentro de você que deve começar agora, uma revolução amorosa em busca de sentido para os seus preciosos segundos de vida, para que a sua determinação em ser feliz, seja capaz de transformar não apenas a sua vida, mas de toda a coletividade, grupo esse, que ousamos chamar de "irmãos".

O OUTRO É TUDO



O Ocidente teve sempre grande dificuldade em acolher o outro. A estratégia que predominou foi a da negação seja pela incorporação, pelo submetimento ou pela pura e simples destruição. O caráter imperial do Ocidente se funda na pressunção de que ele é melhor em tudo, a ponta mais avançada do espírito no mundo como escreveu Hegel.
Mas no Ocidente encontramos também outra vertente que o cura desta arrogância: a tradição judeo-cristã. Nesta tradição o outro é tudo porque através dele se dá o amor e nele se esconde Deus que se fez também outro. Ai se diz:"faz justiça ao órfão e à viuva… Amai também vós o estrangeiro pois fostes estrangeiros no Egito". Todos estes são o outro, o outro mais outro porque oprimido.
Mesmo para aqueles que não têm fé, esta tradição possui relevante função humanizadora, pois estabelece com o outro uma relação construtiva e inclusiva. No fundo, tudo passa pelo outro, pois sem o diálogo com o tu não nasce o verdadeiro eu nem surge o nós que cria o espaço da conviência e da comunhão. A exclusão do outro está na base do terror moderno, seja econômico, seja político-militar.
A relação com o outro suscita a responsabilidade. É a eterna pergunta de Caim, o assassino de Abel: "Sou eu responsável de meu irmão"? Sim, colocados diante do outro, de seu rosto e de suas mãos suplicantes não podemos nos subtrair: temos que responder. É o que significa a palavra responsabilidade, dar um responso, uma resposta ao outro.
É o outro que faz emergir a ética em nós. Ele nos obriga a uma atitude ou de acolhida ou de rejeição. A ética é a filosofia primeira, no dizer de Emmanuel Lévinas.
A maioria das filosofias do Ocidente são centradas na identidade, reservando pouco espaço para a alteridade. Por isso a ética vem sempre de menos. Tal carência assumu, por exemplo, forma trágica no filósofo Martin Heidegger no qual se notou lastimável vazio da dimensão ética. Para ele o ser humano é o "pastor do ser", não o "guardião do irmão". Aderindo ao nazismo ao ser reitor da universidade de Friburgo e, confrontado mais tarde com o fato, apenas soube dizer:"Outrora eu vestia a camisa marron (dos nazistas) mas isso foi um erro". Apenas um erro?
Para todos os que tanto temos aprendido de seu pensamento genial, tal frase soa desprovida de sentimento de responsabilidade e, por isso, de densidade ética. O que houve, na verdade, foi mais que um erro, foi falta de ética principalmente ao tolerar o afastamento de professores judeus ou suspeitos, de suas cátedras, e pouco ou nada ter feito para salvar seu mestre e orientador Edmund Husserl.
O mundo não é feito apenas de pessoas que erram e se enganam. Tragicamente é feito também por pesssoas culpáveis e anti-éticas, que não sabem dar uma resposta com responsabilidade ao outro. Por isso há tragédias na história.
Este legado ocidental da tradição judeo-cristã, centrada no outro, nos oferece uma das bases para a convivência possível e necessária no mundo globalizado. A base deve ser ética mais que política. Uma coalizão de valores que se funda na hospitalidade e na acolhida incondicional do outro como outro, no respeito de sua cultura e na disposição para uma aliança duradoura com ele. Ou fazemos isso ou então perderemos as razões para viver juntos na mesma Casa Comum. E ai sim poderemos ir fatalmente ao encontro do pior.
mpre grande dificuldade em escolher o outro. A estrategia que predominou

domingo, 27 de setembro de 2009

Frases para reflexão



"Uma pessoa não é nem uma coisa nem um processo, mas uma abertura, uma clareira, através da qual o Absoluto pode se manifestar".
Ken Wilber


 ``Não existe nada mais poderoso do que uma ideia cujo tempo chegou``.
                                                                                            Vitor Hugo